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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Londres

Depois de preencher formulários e responder uma série de perguntas para a polícia do Reino Unido, conseguimos embarcar no trem de Paris para Londres. Se você quer passar rápido pelos policiais e carimbar logo o seu passaporte, responda suas perguntas sempre com muita certeza e confiança. Não faça como eu e a Brenda que tivemos um diálogo como esse:
Policial: Então vocês voltam quando para o Brasil?
Betina e Brenda ao mesmo tempo:
Betina: 22 de fevereiro
Brenda: 27 de março
(Cinco minutos explicando porque cada uma volta em datas diferentes e todos os motivos do mundo)
Policial: E depois da Londres, vocês vão para onde?
Betina e Brenda ao mesmo tempo:
Betina: Bélgica
Brenda: Alemanha
Policial faz uma cara de "vocês estão tentando me enrolar" e faz mais milhares de perguntas.


Londres é simplesmente a cidade dos sonhos. O lugar onde moram todos os príncipes. E você amiga,  que achava que o seu príncipe tinha caído do cavalo branco quando vinha te encontrar? Que nada, ele está em Londres. Todos super altos. A cada passo achava que tinha visto o Harry (haha sonho meu, sonho meu). Como a missão de encontrar o Harry e fazer ele se apaixonar por nós falhou, resolvemos encontrá-lo no Madame Tussauds.

(Family)

Se tem um lugar que vale a pena ir, é esse museu. Apesar de caro (30 Libras), você conhece uma galera influente e ainda pode passear de táxi pela antiga Londres (em uma espécie de carrinhos que te levam a um corredor que conta a história da cidade através de bonecos e música).

(This girl is on fireeeee)

Andamos Londres inteira a pé, sem pegar nenhum transporte. Tudo para poder gastar o dinheiro com suvenir. Um programa que tem que ser feito é ir na ópera. Esses espetáculos não tem no Brasil. Assistimos Shrek o Musial, vinte libras. Sentamos no topo do teatro, onde tinham binóculos (pagando 1 Libra) disponíveis. O importante é que sabiamos que o borrão verde no meio do palco era o ogro. Mesmo assim, valeu a pena.

Na volta, cerca de dez horas da noite, a Brenda deixou EU nos guiar até o Albergue. O pior erro. Depois de uma hora andando percebemos que estávamos indo para o lado contrário. Resultado: Chegamos meia noite nas nossas camas.


Bater perna, é isso que turistas tem que fazer. A melhor forma de conhecer os lugares e entender como funcionam as coisas é andar (com um mapa na mão). Se perder, se achar, olhar e observar tudo ao seu redor. Acabei percebendo que conhecer um lugar não é correr para os pontos turísticos, tirar 500 fotos e voltar para o hotel. Conhecer é viver o lugar. Comer a comida típica, observar as pessoas (tentar algum tipo de diálogo com elas), andar nos transportes públicos se envolver com a cultura.

   (Call me maybe)  

(Algumas horas gastas brincando com os esquilos)

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Bundesliga


O primeiro jogo da Bundesliga que consegui assistir em um estádio. Hannover 96 (10 colocação) contra Hoffenheim (16 colocação) na casa do 96, a AWD-Arena. 



Um verdadeiro show acontece antes do jogo começar, bandeiras em campo e todos cantam em coro a música: 96 Alte Liebe. Achei esse vídeo de uns jogos passados, dá para vocês terem uma ideia de como é a abertura dos jogos na AWD-Arena. Na hora da escalação, o alto-falante anuncia o nome do jogador e a torcida em corro grita o seu sobrenome.



Não é exclusividade dos brasileiros serem apaixonados pelo futebol. O alemão acompanha seu time ponto a ponto. E enchem os estádios mesmo a baixo de neve.


A atração do jogo foi o goleiro Gomes (brasileiro), a nova contratação do Hoffenheim. Os jornais gostam de ressaltar quando o jogador é brasileiro. Nossa fama de bom futebol é alta aqui.


Resumindo o jogo: um gol do Hannover aos 7 minutos, depois disso, foi só tranqueira, escanteios mal aproveitados, goleiros trabalhando e ataques que paravam nas zagas.



Os estádios não tem fosso e as arquibancadas ficam incrivelmente perto do gramado. Tinha a impressão de que a cada chute a bola iria voar no meu rosto. No primeiro tempo você nem sente o frio, mas no segundo é como se você estivesse congelado e dedos dos pés, que dedos? Minha vontade era pedir a coberta das crianças que estavam ao meu lado. No intervalo todos levantam pulam e se movimentam para o sangue voltar a circular nos dedos dos pés e é claro compram uma wurst e bebem uma cerveja.



sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Carnaval e Dia dos Namorados

É carnaval! Alegria, pessoas felizes (sem motivo), festa, confetes e fantasia. Sim, aqui na Alemanha também se pula o carnaval. Enquanto no Brasil é verão e a moda nas avenidas é desfilar quase pelado, aqui é inverno e os alemães colocam as fantasias mais quentes e divertidas que encontram.


O carnaval no Brasil é o maior do mundo e o mais famoso, mas eu gostei mais do carnaval aqui.  Enquanto os carros desfilam as pessoas jogam doces, flores, pastas e tudo mais que você pode imaginar para o público.


Um dos desfiles mais famosos acontece em Köln (Colônia). Os carros alegóricos trazem normalmente críticas políticas. Um dos carros, por exemplo, era um porco rosa com a cabeça da Angela Merkel e vários leitões com bandeiras de outros países tentando mamar nas suas tetas.


Em geral, as pessoas saem em pares ou em grupos com as mesmas fantasias e andam pela cidade. A festa, aqui em Lörrach, se concentrou no centro da cidade, onde diversos palcos foram montados e as bandinhas com as famosas marchinhas de carnaval se apresentavam.






14 de fevereiro, dia de São Valentim. Valentine's Day,  a Europa se enche de corações e rosas vermelhas. Nada muito diferente do Brasil. Os restaurantes lotam, os casais passeiam de mãos dadas pela rua, elas segurando uma rosa e eles com cara de apaixonados (alguns com cara de "queria estar olhando o futebol"). Tudo tão lindo e meigo (né?), um dia para celebrar o amor.

(Para o mundo você é só mais um, mas para alguém você é o mundo)

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Mais um pouco de Paris


Entramos no Louvre e fomos seguindo as placas até achar a Mona Lisa. Lá estávamos eu, Brenda e muitos brasileiros admirando a moça do pequeno quadro. O museu é enorme e simplesmente lindo. O que mais nos fascinou foi o teto, verdadeiras obras de arte. Ficamos uma hora e meia, saímos e decidimos voltar para ver mais.



Os metrôs fazem a vida ser mais fácil. Sinceramente acho que é o transporte público mais eficiente. Estação Champ de Mars Tour Eiffel e estávamos a alguns passos da Torre Eiffel. Simplesmente linda. A noite é que o verdadeiro show começa, de uma em uma hora a torre se enche de luzes como uma enorme árvore de natal.


Depois de ver as luzes de Paris a nossa raiva inicial com a cidade passou. Assim como toda cidade, Paris tem seus lados negativos. A cidade é suja (ainda não tinha visto uma cidade suja na Europa) e seus metros são velhos. Uma verdadeira aventura andar nos vagões, pois parece que o trenzinho vai se desmontar dentro do túnel. Os pontos turísticos é que guardam toda a beleza dessa cidade dos sonhos.



Passamos pelos museus Orsay e Rodin. Demos um oi para O Pensador. É típico de turista entrar em todos os museus, mas chega uma hora que você não aguenta mais olhar nada.



Por fim, algumas horas antes de pegar nosso trem para Londres, atravessamos Paris em direção ao Palácio de Versalhes. É como voltar no tempo e se imaginar vivendo naquela época. Cada cômodo guarda milhares de histórias que a gente nunca saberá. Eu consigo sonhar com milhares de contos dentro daquelas paredes, quer dizer, imaginar o quanto reis, rainhas, condes e condessas aprontavam dentro daquele palácio. 


São 2.153 janelas, 67 escadas e 700 quartos. Se dez famílias morarem no palácio é capaz que nunca se vejam de tão enorme que ele é. Uma pena não poder ver os jardins, pois estavam cobertos de neve.



E se você tiver 16 anos ou menos aproveite, porque as entradas para os museus são gratuitas. Eu tive que pagar, mas não é nada muito caro. A maioria está entre 5 e 10 euros.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Paris

Começamos nossa viagem para Paris no lugar errado. Cada passagem de trem tem o número da sua poltrona, mas as duas irmãs não foram espertas o suficiente para olhar. Assim tivemos que trocar duas vezes de lugar. Até que tive a brilhante ideia de olha o ticket, quando finalmente chegamos no nosso assento ele estava ocupado pelo senhor grisalho. Com toda calme eu disse que aquele era o meu lugar, ele apontou uma senhora magrela dizendo: E aquele é o meu! E a magrela por sua vez apontou para outro e disse: Aquele lá é o meu.

Passado o stress de achar o nosso lugar, nós pisamos em Paris com o pé esquerdo. Como sempre eu sigo a minha irmã (porque sou muito perdida e tenho probleminhas em me localizar). Então lá fomos nós, arrastando a minha mala pelas ruas cheias de neve derretendo e sujeira (o governo não limpa as calçadas quando neva), quase impossível de caminhar. Passado uma hora de caminhada e completamente perdidas e molhadas resolvi entrar em um hotel e pedir informações de como chegar no albergue (nossa hospedagem). Os franceses não falam inglês, mas por sorte existe uma coisa chamada mímica que é uma língua universal. Andamos mais meia hora, nesse meio tempo a minha irmã conseguiu lançar o nosso celular (único meio de comunicação) no ar e chutar ele na neve. Que legal estávamos perdidas e sem comunicação!

(Brenda congelada)

Dor nas costas, fome e pés congelados já estávamos sem esperanças quando o albergue se materializou na nossa frente. Alegria! Mas de tudo isso, nada importa. Estávamos em Paris!



Mais meia hora para se secar, comer e aprender a usar o metrô. Fomos dar um OI para nossa amiga Mona no Louvre e conhecer a Catedral de Notre-Dame. Isso tudo enquanto chovia/nevava. No final da noite quando estávamos completamente molhadas, compramos um guarda-chuva. O dia tinha sido tão longo que mal me importei com as condições e os banheiros mistos do albergue.

(Eu e Mona. É quase uma luta livre civilizada para chegar perto dela)

(Depois de duas horas no Louvre)

(Catedral de Notre-Dame)


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Maratona

Foi uma verdadeira maratona 14 dias, 4 países e 5 cidades. Dia 21 que tudo começou com duas mochilas e uma mala. Saímos (eu e minha irmã) pela manhã, foram dois dias em Paris, três dias em Londres e uma semana na Bélgica, onde decidimos conhecer Amsterdam, na Holanda.

(Nosso terceiro mapa em estado já lamentável depois de chuva, vento e neve)

14 dias resumidos em mapas, mapas e mais mapas. Uma corrida contra o relógio e pernas pra que te quero, nosso único meio de transporte.



Nessa maratona como peregrinas aprendemos algumas coisas como:
1) Tenha um mapa e saiba olhar em um mapa
2) Fale inglês ou seja muito bom na mímica
3) Fast Food é o que há, like a banquete
4) Tenha um guarda-chuva, porque neve molha
5) Em caso de não saber chegar no ponto turístico siga o Chinês/Coreano/Japonês. Tenha certeza que sempre terá um por perto.
6) Se for comprar lembrancinhas sempre pechinche tudo  que é 20 Euros pode ser vendido por 10 Euros e com brindes ainda
7) Use botas de borracha
8) Não destrua o seu único meio de comunicação
9) Não espere uma noite agradável se você reservou um quarto de albergue
10) Tenha um roteiro, mas não o siga a risca. Invente, crie e aproveite o momento

Aventuras das Broch detalhadas nos próximos posts :D

domingo, 13 de janeiro de 2013

FC Basel x FC Bayern München

Realizar um sonho. Foi isso que fiz na tarde do último sábado (12).  Poder assistir uma partida do Bayern e ver o Schweinsteiger de pertinho me custou 26 Euros, os Euros mais bem gastos desde que cheguei aqui.

Era um amistoso (Freundschaftsspiel) entre o FC Basel da Suíça e o alemão FC Bayern München. A partida, para minha sorte, aconteceu em Basel no St. Jakob-Park. A gente (eu e meu primo), não sabíamos exatamente como chegar lá, mas um ensinamento que sempre segui é: Siga o fluxo! E lá fomos nós seguindo as pessoas com a camiseta do Bayern.

Com o lugar marcado Bloco C, cadeira 326, chegamos uma hora e meia antes. Ali fiquei sentada, simplesmente feliz, com o gramado quase que no meu colo. Sem fosso, sem tumultos. Torcedores dos dois times sentavam uns ao lado dos outros. Apenas as torcidas organizadas tinham a sua área separada.



Durante o jogo, silêncio, não sei se pelo frio ou simplesmente pelo jeito alemão reservado de ser. Quando o jogo esquentava as torcidas organizadas começavam a cantarolar seus hinos.

Nos onze primeiros minutos o Bayern fez dois gols, o segundo daquele que eu não conseguia tirar os olhos, Bastian! Quem jogou melhor na minha opinião foi o número 7 Franck, corria como ou louco passando por toda a defesa do Basel.



O Basel coitado não teve muita vez no jogo, o Bayern foi realmente Freundlich com ele e deixou a partida acabar em 3 a 0. Apesar de no segundo tempo o dono da casa ter chegado mais no ataque, não teve chances contra o grande Neuer. O estádio ficava cada vez mais silencioso e a temperatura só diminuia. Minha anotação mental foi: da próxima vez faça como um nativo, traga cobertor, luvas e dinheiro para comer uma Wurst com mostarda.



Na volta do jogo foi a primeira vez que vi os transportes públicos lotados. Fomos espremidinhos e congelados para casa, mas felizes.